Wednesday, June 27, 2007
*meioimendado*
"...tentei escrever em rimas bobas o que sinto por você...tentei não repetir os mesmos termos...não cair nos mesmos erros...e resolvi mudar um pouco e deixar tudo assim...meio corrido....meioimendado...pra dizer que não...não consigo falar que te amo...não sei dizer que estou apaixonada...pois o que sinto parece ir além...não tem nome...não tem identidade...o que sinto é estranho demais...é paz...e de paz, me disseram que o amor não vive...cantaram que todo amor só é bem grande se for triste...e eu acho que acreditei...me perdi nos versos...me encontrei em avessos...e quando resolvi lutar por meus sentidos....foi você quem se perdeu...sumiu...morreu...e eu só pude ter certeza que o meu amor é teu...mas do teu não sei ao certo...e você também não diz...por isso me perco...por isso fujo do meu querer...tudo só por medo de te ter e te perder...saudade..."
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3 comments:
... a mim... resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura... essa intimidade perfeita com o silêncio... resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo...
...resta essa imobilidade, essa economia de gestos... essa inércia cada vez maior diante do infinito... essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível... essa irredutível recusa à poesia não vivida...
...resta esse sentimento da matéria em repouso... essa angústia da simultaneidade do tempo... essa lenta decomposição poética em busca de uma só vida...
...resta esse coração queimando como um círio numa catedral em ruínas... essa tristeza diante do cotidiano; ou essa súbita alegria ao ouvir passos na noite que se perdem sem história...
...resta essa vontade de chorar diante da beleza... essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido... essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa piedade de si mesmo e de sua força inútil...
...resta essa faculdade incoercível de sonhar... de transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é...
...resta essa pequenina luz indecifrável a que às vezes os poetas dão o nome de esperança...
...resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto... esse eterno levantar-se depois de cada queda... essa busca de equilíbrio no fio da navalha... essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo infantil de ter pequenas coragens...
... a mim... resta esperar... sei lá... sempre esperando... sempre...
Beatriz,
...suas palavras são embriagantes, hipnóticas, intensas... são de uma melancolia irresistível... sempre me embriago nelas... aqui se lê, aqui se vê e aqui se sente... sempre intensos e belos...
Obs.: o anonimato não é um direito, é um privilégio... mas, de toda forma, hoje darei nome ao boi (ou a vaca)... as reticências têm nome, os anônimos também... juliana...
Beatriz,
adorada.Do repouso inerte...aproveite e compre uma camisa de força, Estou voltando... você vai gostar de sofrer...Não perca a esperança (reticências...j...Revelado meu nome...
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