"por vezes o que mais quero não posso ter.
aquele que desejo não se entrega
assim tão fácil a mim.
o meu desejo não se entrega a ele
assim como para ti.
por vezes, sonho mais alto do que alcançam os pés.
piso em galhos
escutando o estalar de palhas secas.
e deixo para trás cada ilusão detida.
desisto de seguir o rumo das trilhas.
procuro novas alternativas.
desembarco em estações
de trens abandonadas.
vejo fantasmas por entre olhares de zumbis.
deixo escapar a vida por entre os dedos
que me restam presos
em teus cabelos.
busco a morte em teus braços.
percebo que no teu abraço
já não mais cabe o meu eu.
o nosso, há tempos, já morreu."
Friday, November 17, 2006
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